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O Desafio dos Sete Oceanos: Explorando as Travessias Mais Extremas e seus Recordes

O Desafio dos Sete Oceanos, também conhecido como Oceans Seven, é uma das conquistas mais extremas e respeitadas no mundo da natação em águas abertas. Equivalente ao desafio dos Seven Summits no montanhismo, que envolve a escalada das montanhas mais altas de cada continente, o Desafio dos Sete Oceanos requer que os nadadores completem sete travessias de longa distância através de alguns dos canais marítimos mais perigosos do mundo.

Proposto pela primeira vez em 2008 por Steven Munatones, fundador da World Open Water Swimming Association (WOWSA), o Desafio dos Sete Oceanos rapidamente se tornou um símbolo de resistência, coragem e habilidade para nadadores de elite.

O desafio inclui travessias notórias como o Canal da Catalina, Canal de Molokai, Estreito de Cook, Estreito de Gibraltar, Estreito de Tsugaru, Canal Norte e Canal da Mancha. Cada uma dessas travessias apresenta condições únicas e difíceis, testando os limites físicos e mentais dos nadadores.

História e Origem do Desafio

Steven Munatones introduziu o Desafio dos Sete Oceanos em 2008 como uma maneira de unir as conquistas da natação em águas abertas em um desafio coeso e reconhecido. A WOWSA desempenhou um papel crucial na promoção e regulamentação deste desafio, garantindo que cada travessia seja realizada de acordo com os padrões rigorosos de segurança e integridade esportiva.

O Desafio dos Sete Oceanos: Explorando as Travessias Mais Extremas

As Sete Travessias

Canal da Catalina (EUA)

  • Localizado entre a Ilha de Catalina e o condado de Los Angeles, o Canal da Catalina possui aproximadamente 34 km de extensão. Os nadadores enfrentam ventos fortes, correntes ferozes e frequentemente encontram vida marinha, incluindo baleias e golfinhos. As condições são comparáveis às do Canal da Mancha, tornando esta travessia um teste de resistência física e mental.

Canal de Molokai (Havaí)

  • Esta travessia de 42 km entre as ilhas de Oahu e Molokai é a mais longa do Desafio dos Sete Oceanos. A água quente do Pacífico é acompanhada por ventos fortes e correntes pesadas. A presença de tubarões e ondas enormes adiciona um nível extra de dificuldade, fazendo desta uma das travessias mais desafiadoras.

Estreito de Cook (Nova Zelândia)

  • Com 26 km de extensão, o Estreito de Cook, entre as ilhas Norte e Sul da Nova Zelândia, é conhecido por suas marés extremamente fortes e águas frias, com temperaturas em torno de 16°C. Golfinhos são uma visão comum, e há relatos de golfinhos protegendo nadadores de ataques de tubarões.

Estreito de Gibraltar (Espanha e Marrocos)

  • Esta travessia relativamente curta de 16 km entre a Espanha e o Marrocos é notória por suas condições climáticas imprevisíveis e intenso tráfego de navios de carga. Com ventos fortes e um fluxo de água de aproximadamente 5,5 km por hora, o Estreito de Gibraltar é um desafio formidável.

Estreito de Tsugaru (Japão)

  • Com cerca de 20 km de extensão, o Estreito de Tsugaru, entre as ilhas de Honshu e Hokkaido, é caracterizado por suas correntes fortes que fluem do Mar do Japão para o Oceano Pacífico. Os nadadores enfrentam águas frias e uma abundante vida marinha, incluindo lulas, tubarões e cobras marinhas.
Seven Oceans Challenge

Canal Norte (Irlanda do Norte e Escócia)

  • Esta travessia de 33 km apresenta condições climáticas imprevisíveis e águas extremamente frias, com temperaturas médias de 12°C. A presença de águas-vivas juba de leão, cujos tentáculos causam dor intensa, adiciona mais um desafio aos nadadores.

Canal da Mancha (Inglaterra e França)

  • Separando a Inglaterra da França, o Canal da Mancha tem uma extensão de 34 km e é uma das rotas marítimas mais movimentadas do mundo. Com fortes correntes, grandes mudanças de marés e temperaturas em torno de 16°C, esta travessia é um teste rigoroso de resistência.

Recordes e Realizações Notáveis

Stephen Redmond (Irlanda) foi o primeiro nadador a completar o Desafio dos Sete Oceanos, concluindo a última travessia em 14 de julho de 2012. Redmond, um ex-jogador de rugby e triatleta, iniciou sua jornada em agosto de 2009 com a travessia do Canal da Mancha e terminou ao atravessar o Estreito de Tsugaru em sua quarta tentativa.

Andrew Donaldson (UK) detém o recorde de menor duração no calendário para completar o Desafio dos Sete Oceanos, fazendo isso em 355 dias entre 7 de agosto de 2022 (Canal da Mancha) e 27 de julho de 2023 (Estreito de Tsugaru). Isso superou o recorde anterior de 2 anos e 60 dias, estabelecido por Lynton Mortensen (Austrália) de 15 de setembro de 2016 a 14 de novembro de 2018.

Além disso, Donaldson estabeleceu um novo recorde para o tempo cumulativo mais rápido de natação para o Desafio dos Sete Oceanos, com uma duração total na água de 63 horas e 2 minutos, superando o tempo de 64 horas, 35 minutos e 49 segundos alcançado por Atilla Mányoki (Hungria) entre 20 de agosto de 2013 e 26 de agosto de 2019.

Elizabeth Fry (EUA) se tornou a pessoa mais velha a completar o Desafio dos Sete Oceanos em 25 de agosto de 2019, aos 60 anos e 301 dias. Ela nadou os 35 km do Canal Norte entre a Irlanda do Norte e a Escócia em 11 horas, 13 minutos e 11 segundos.

Prabhat Koli (Índia) é a pessoa mais jovem a completar o Desafio dos Sete Oceanos, tendo concluído a travessia do Estreito de Cook em 1 de março de 2023, aos 23 anos e 217 dias. Ele completou a travessia entre as Ilhas Norte e Sul da Nova Zelândia em 8 horas e 41 minutos.

Grande Desafio de Habilidade e Superação

O Desafio dos Sete Oceanos representa o ápice da natação em águas abertas, exigindo dos atletas um nível extraordinário de resistência, habilidade e determinação. Cada travessia traz suas próprias dificuldades e perigos, tornando cada conquista única e inspiradora.

À medida que mais nadadores se aventuram a enfrentar este desafio, novos recordes e histórias de superação continuarão a emergir, solidificando o Desafio dos Sete Oceanos como um dos maiores testes de resistência humana no mundo dos esportes aquáticos.

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