Hoje, exploraremos a história, os detalhes, os desafios e as histórias inspiradoras que fazem da Capri-Napoli um evento verdadeiramente extraordinário.

História e Origem

A Maratona Aquática Capri-Napoli teve seu início em 1949, quando os nadadores amadores Aldo Fioravanti e Cesare Alfieri realizaram a primeira travessia de Nápoles até a ilha de Capri, completando o percurso em cerca de 12 horas. Desde então, a maratona evoluiu, tornando-se uma das competições mais prestigiosas no cenário do nado em águas abertas. Entre 1954 e 1992, o evento foi organizado e promovido pelo jornal “Il Mattino”, graças ao empenho dos jornalistas Alberto Barone e Lello Barbuto.

Após um hiato de dez anos, a maratona foi retomada em 2003 pela agência “Eventualmente – Eventi e Comunicazione”, que continua a promover a competição até hoje. A edição de 2024 será a 59ª em 71 anos, e marcará a 22ª desde a retomada, reafirmando a longevidade e a importância da maratona no calendário esportivo mundial.

Detalhes da Prova

A Maratona Aquática Capri-Napoli cobre uma distância de 36 km, com início em Marina Grande, na ilha de Capri, e término no litoral de Nápoles, na Via Nazario Sauro. As coordenadas exatas do percurso são: início em 40° 33’ 24.73” N – 14° 14’ 16.05” E e término em 40° 49’ 57.42” N – 14° 15’ 10.58” E. A competição é dividida em categorias elite e amadora, atraindo nadadores de diferentes níveis de habilidade e experiência.

Para participar, os nadadores devem atender a certos requisitos e seguir um processo de inscrição rigoroso. Além disso, a prova segue regras e regulamentos específicos para garantir a segurança e a integridade da competição.

Desafios e Preparação

Participar da Maratona Aquática Capri-Napoli não é uma tarefa fácil. Os nadadores enfrentam uma série de desafios, incluindo correntes marítimas fortes, temperaturas variadas da água e condições meteorológicas imprevisíveis. A preparação física e mental é crucial, com muitos atletas dedicando meses de treinamento intenso para se prepararem para a prova.

Os recordes de tempo para a maratona são impressionantes. Em 2020, Marcel Schouten (Países Baixos) estabeleceu o recorde masculino com um tempo de 6h 05′ 07″, enquanto Arianna Bridi (Itália) não apenas estabeleceu o recorde feminino, mas também superou todos os homens, completando a prova em 6h 04′ 26″.

Impacto e Importância

A Maratona Aquática Capri-Napoli tem um impacto significativo no mundo da natação em águas abertas, promovendo o esporte e destacando a importância da perseverança e da superação pessoal. Além de ser um evento esportivo, a maratona também abraça iniciativas sociais e ambientais, utilizando sua plataforma para promover causas importantes.

Nadadores com Melhores Tempos

Os recordes de tempo na Maratona Aquática Capri-Napoli refletem a excelência e o alto nível de competição entre os participantes. Em 2020, Marcel Schouten, dos Países Baixos, estabeleceu o recorde masculino ao completar a prova em 6 horas, 5 minutos e 7 segundos. Matteo Furlan, da Itália, também teve um desempenho excepcional, terminando apenas um segundo depois, com um tempo de 6 horas, 5 minutos e 8 segundos. Antonio Occhipinti, outro italiano, finalizou em terceiro lugar com 6 horas, 5 minutos e 8.2 segundos.

No mesmo ano, Arianna Bridi, da Itália, quebrou o recorde feminino e superou todos os competidores masculinos, finalizando a travessia em 6 horas, 4 minutos e 26 segundos, estabelecendo um novo recorde geral. Ana Marcela Cunha, do Brasil, terminou logo atrás com 6 horas, 4 minutos e 27 segundos, enquanto Alice Franco, da Itália, registrou 6 horas, 29 minutos e 54 segundos em 2015. Esses tempos extraordinários destacam a dedicação e o talento dos nadadores que enfrentam esse desafio épico.

Histórias de Superação e Desafios Pessoais

Ao longo dos anos, a maratona tem sido palco de muitas histórias inspiradoras de superação. Em 6 de setembro de 2020, Arianna Bridi não apenas venceu a competição, mas também quebrou o recorde geral, demonstrando o incrível potencial das mulheres na natação em águas abertas. Nesse mesmo ano, uma equipe de revezamento formada por atletas da Federação Italiana de Natação e da Federação Italiana de Natação Paralímpica nadou simbolicamente de Capri a Nápoles, destacando a inclusão e a igualdade no esporte.

Em 19 de setembro de 2018, Gaia Naldini, ex-campeã europeia e mundial, completou a travessia solo em 8h 59′ 20″, promovendo uma campanha de arrecadação de fundos para a Fundação IEO-CCM. Em 13 de julho de 2018, cinco jovens com autismo e deficiências intelectuais participaram da maratona, terminando em terceiro lugar na categoria de revezamento, demonstrando que a determinação e o espírito de equipe podem superar qualquer desafio.

Participações Memoráveis

Além das competições oficiais, muitos atletas e equipes têm usado a Maratona Aquática Capri-Napoli como um palco para seus próprios desafios pessoais e causas sociais. Em 2013, Hamish Allan e Kit di Alexander nadaram de Capri a Nápoles e, em seguida, pedalaram até Londres, em um projeto para arrecadar fundos para soldados britânicos feridos. Em 2010, Monica Priore, diagnosticada com diabetes tipo 1 aos 5 anos, completou a travessia Capri-Meta di Sorrento para mostrar que o diabetes não é um obstáculo para a realização de grandes feitos.

Símbolismo

A Maratona Aquática Capri-Napoli é mais do que uma competição de natação; é um símbolo de desafio, superação e perseverança. Com uma história rica e um impacto significativo no mundo do esporte, a maratona continua a inspirar nadadores e espectadores ao redor do mundo. Seja para vencer, bater recordes ou simplesmente completar a travessia, cada participante da Capri-Napoli contribui para a grandiosidade desse evento único.

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N Lopes

Sou redatora especializada em treinamento de natação para maratonas aquáticas. Com mais de 10 anos de experiência, meu foco é fornecer conteúdo informativo e inspirador sobre técnicas, equipamentos e estratégias de treinamento para nadadores de longa distância, ajudando-os a alcançar seus objetivos no mundo das maratonas aquáticas.